Certamente você já ouviu em muitos louvores, em diversas citações e em pregações, se dizer que a glória da segunda casa será maior que a da primeira.
Por isso, deve estar se perguntando qual o significado deste versículo e o que um estudo sobre ele poderá te acrescentar.
Então, vamos a uma objetiva e esclarecedora consideração acerca desta passagem que, certamente, irá te ajudar bastante.
Vamos começar nosso estudo observando Ageu 2 versículo 8, onde Deus diz ao povo: “Minha é a prata, meu é o ouro…”.
As pessoas remanescentes haviam recebido a promessa de contribuições do governo persa (Ed 1.4; 3.7; 6.4).
Agora, porém, o povo oprimido de Judá estava desanimado por falta de recursos para fazer a obra.
Assim, o pouco que tinham investiam em suas casas.
Você também pode assistir ao vídeo que gravei sobre esse tema
Deus fala qual é o real problema do seu povo
Deus, encoraja o povo dizendo-lhe que o problema da obra não era falta de recurso, mas a falta de fé.
Não era falta de dinheiro, mas falta de visão.
Todos esses abalos servem ao propósito de Deus; eles prepararam o caminho para o reino messiânico.
O profeta esta falando de um futuro inteiro, incluindo não somente a primeira vinda, mas também a segunda.
O cumprimento seria imediato, com significado para seu tempo.
A profecia teve cumprimento maior no nascimento do Messias e será cumprida de modo completo no abalo final referido em Hebreus 12.26.
A profecia é, portanto, paralela à visão de Daniel 2 e é semelhante à mensagem de Amós 9.1-4.
Ageu viu o Fim dos Tempos, a volta de Cristo.
Warren Wiersbe, deste modo, corrobora essa visão com as seguintes palavras:
Ageu voltou os olhos para o futuro ainda mais distante e viu o fim dos tempos, quando Deus abalaria as nações e Jesus voltaria (2.7).
Além disso, esse versículo é citado em Hebreus 12.26,27 e aplicado à volta de Cristo no fim dos tempos.
Deus havia feito o monte Sinai estremecer quando deu a lei (Hb 12.18-21; Êx19.16-25) e abalará as nações antes de enviar seu Filho (Mt 24.29,30).
Hoje, porém, o povo de Deus pertence a um reino que não pode ser abalado (Hb 12.28), e os cristãos participarão da glória de Cristo, quando ele estabelecer seu reino glorioso.
Quem realmente está no trono governando tudo?
Desta maneira, Ageu encoraja o povo de Judá, dizendo-lhe que Aquele que estava no trono e governava o mundo não era o rei persa, mas o Deus vivo.
Isso significa que o destino deles não estava nas mãos dos poderosos da terra, mas nas mãos do Deus Todo-poderoso.
Ou seja, Senhor mesmo iria sacudir o império persa e os demais impérios que haveriam de surgir.
Ao fazermos nosso estudo do versículo 8, podemos ficar convencidos desta verdade grandiosa:
A saber, que os reinos do mundo entrariam em colapso, mas o reino de Deus seria estabelecido.
O que significa esta última casa de tão grande glória?
Isaltino Filho alerta para o fato de que os sinais cósmicos estão associados ao templo.
Isso quer dizer que o templo é a declaração de que a vida religiosa foi normalizada.
Uma nova etapa na vida de Judá estava começando. Bem como, no futuro algo glorioso aconteceria no segundo templo.
A Glória desta última casa será maior do que a da primeira – Entendendo Ageu 2:9
O próprio Senhor da glória entraria nessa casa e daria a ela um novo significado.
No estudo deste versículo, podemos fazer uma associação com 1 Co 6:19 e observar que o corpo de Jesus seria oferecido na cruz.
Ou, seja, seu corpo seria o santuário que destruído para ser reconstruído pelo poder da ressurreição e, então, o santuário vivo de Deus seria sua igreja.
Deus Pai habita na igreja (Ef 3.19), bem como o Deus Filho habita na igreja (Ef 1.23) e também o Espírito Santo habita na igreja (Ef 5.18).
Isto é, a Trindade excelsa habita em nos (Jo 14.23).
Deus faz morada em nós, por certo, a Trindade tem sua morada no cristão.
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Uma grande Glória e uma tremenda responsabilidade
Isaltino Filho escreve: Que mensagem confortadora! Ao mesmo tempo, que mensagem assustadora!
Somos muito mais que carne, ossos, músculos e nervos.
Somos a morada da Divindade. Que glória e, ao mesmo tempo, por consequência, uma tremenda responsabilidade!
No cristianismo, as pessoas é que são santas, e não um prédio.
Quer dizer, o prédio da igreja feito de tijolos não é santo, mas as pessoas que estão dentro do prédio é que são santas.
O prédio da igreja não é o santuário. As pessoas lá dentro é que são o santuário da morada de Deus.
A Glória da Primeira e a Glória da Segunda
A gloria desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (2.9).
A glória do primeiro templo era material; a glória do segundo era espiritual.
O primeiro templo era magnificente em ouro e prata; o segundo era grandioso porque nele entraria o dono de todo o ouro e de toda a prata.
Por que a glória do segundo templo seria maior do que a glória do primeiro? Por duas razões.
- Em primeiro lugar, por causa da presença de Deus nesse templo (2.9).
O segundo templo construído por Zorobabel foi mais tarde embelezado por Herodes, o Grande.
Desse modo, durante 46 anos, esse templo recebeu todo o requinte de uma construção grandiosa e magnificente (Jo 2.19).
Porém, a glória desse templo não estava em suas pedras douradas e na sua imponência, mas no fato de que foi nele que o Senhor Jesus, o Deus que se fez carne e habitou entre nós, entrou.
Jesus trouxe graça e glória (Jo 1.14,16).
Jesus encheu de Glória a Segunda Casa
Herbert Wolf diz, corretamente que, quando Jesus Cristo entrou no templo no século 1 da nossa era, a Casa do Senhor encheu-se de glória como nunca antes.
Certamente, ali estava alguém “maior do que Salomão” (Mt 12.42).
Da mesma forma, Dionísio Pape diz que a gloria da ultima casa foi a presença de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
- Em segundo lugar, por causa da oferta de Deus feita nesse templo (2.9). … e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (2.9).
Russell Norman Champlin diz que as bênçãos da era messiânica são sumariadas em uma palavra: Paz! “Neste lugar, darei a paz”.
Pelo sangue da cruz de Cristo fomos reconciliados com Deus, por isso, Colossenses capítulo 1, versículo 20.
Porque fomos justificados pela obra de Cristo, mediante a fé, agora temos paz com Deus (Rm 5.1) e também a paz de Deus (Fp 4.7).
No entanto, essa paz não é apenas ausência de conflitos nem meramente um sentimento de bem-estar.
Essa paz é relacional e experimental.
Trata-se de uma paz perene, que nos coloca em uma relação certa com Deus, com o próximo e conosco, agora e por toda a eternidade.
Concordo com Charles Feinberg quando ele diz que Deus tem o melhor reservado para o futuro. Porém, só o olho da fé pode discerni-lo.
APRENDA A MELHOR MANEIRA DE ESTUDAR A BÍBLIA
Adaptado do Comentário Expositivo de Obadias e Ageu, de Hernades Dias Lopes
4 Comentários
Gostei muito que Deus abençoe muitíssimo seu ministério a paz do senhor Jesus.
eu Maria gostei muito fácil de entender é explicar obrigada que Deus te abençoe mora em Silves AM
Muito obrigado por esta exposição de “Ageu”.
foi precioso p mim, me ajudou muito em pontos que havia dúvidas. Deus o abençoe.
Eu gostaria de aprofundar estudos sobre a glória da segunda casa é maior do que a da primeira.