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PARA ONDE CAMINHA A HISTÓRIA? – Hernandes D. Lopes

APOCALIPSE 5:1-14
INTRODUÇÃO

apocalipse 5
1. Toda a história começa com Deus, está sob o controle de Deus e terminará segundo a vontade de Deus. Não são os poderosos deste mundo que determinam os rumos da história.
Não os historiadores que decifram os mistério da história. Não são os
filósofos que interpretam os segredos da história. Não são os futurólogos que
retiram o véu da história.


2. Duas são as visões humanistas da história:
a) A visão cíclica dos antigos gregos – A história não se move para uma meta. Não há esperança, não há redenção. O que é, é o que foi, o que foi será. Não há uma
consumação.
b) A visão do existencialismo ateu – A história é uma sucessão de fatos sem significado. Não há plano, não há esperança. 


A novela de Albert Camus A PRAGA: A cidade de Orán foi invadida por ratos que trouxeram a temida peste bubônica. O médico e seus associados batalharam até vencer a epidemia. Mas no final do livro, o médico disse: “É só uma questão de tempo, os ratos voltarão “.

As coisas não vão mudar.
3. Qual é o sentido da história?
Friedrich Hagel no seu livro “Filosofia da História” disse que os povos e os governos nunca aprenderam nada da história.
Winston Churchill disse que os homens cresceram em poder e conhecimento, mas não evoluíram moralmente.
Sob pressão, o homem moderno praticará os mais terríveis atos. O historiador Gibbon, no seu livro “Declínio e Queda do Império Romano” disse que “a história é
pouco mais que um registro dos crimes, loucuras e infortúnios da humanidade.”
4. Thomas More em seu livro “Utopia” antevê um tempo na terra em que o homem construiria um paraíso por suas’mãos.
Houve otimismo. Mas no século XX, assistimos a duas sangrentas guerras mundiais. O mundo está como uma panela de pressão, quase explodindo. Há alguma esperança para a história?
I. O DEUS QUE ESTÁ NO TRONO DO UNIVERSO TEM UM PROPÓSITO PARA A HISTÓRIA V. 1
1. A história tem sentido. Sua vida tem sentido. Você não caminha para um
ocaso, para um fim trágico. As forças do mal não prevalecerão. Deus está no
trono. Ele reina. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.
2. Deus tem em sua mão direita um livro
>Deus tem um plano em cada criatura. Deus escreveu o livro da história, antes
dela acontecer. Ele conhece, controla e dirige todas as coisas para uma
consumação final. O livro tem seqüência e conseqüência.
> Toda a história da humanidade está na mão de Deus. Não importa a fúria de
Satanás ou a agitação do mundo, a história sempre estará na mão de Deus.
3. O livro da história está escrito por dentro e por fora
> Tudo está traçado, escrito e determinado. Nada foi esquecido nem omitido. Sua
vida não caminha ao léu. O futuro está nas mãos de Deus.
II. O DIGNO PROCURADO – NINGUÉM TEM CAPACIDADE DE DESVENDAR NEM DE CONDUZIR A HISTÓRIA À SUA CONSUMAÇÃO V. 2-3
1. O livro está selado com sete selos – v. 1
a. Sete = completo. Totalmente selado. A história sem Deus é um livro lacrado. Só
Deus pode dar sentido à história e à sua vida.
2. Ninguém foi achado digno de abrir o livro – v. 3
b) Nem no céu – Miguel, Gabriel, serafins, querubins, anjos, os
remidos: Abraão, Moisés, Elias, Paulo, Pedro, Maria.
c) Nem na terra – Nenhum homem por mais poderoso e influente pode decifrar o sentido da história.
d) Nem debaixo da terra – Nem o diabo, nem os demônios, nem os espíritos atormentados podem revelar a você o sentido da história e da vida.
> Não há ideologia, nem partido político, nem sistema econômico que possa
realizar os sonhos e as esperanças do coração humano.
Sozinha a humildade não vai para lugar nenhum. Sozinha seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o homem seja o senhor do seu próprio destino.
3. A impotência humana para desvendar o, futuro – v. 4
> A grande questão: Quem é digno?
> A grande constatação: Ninguém podia abrir o livro.
> A grande decepção: e eu chorava muito.
a) A crise de João é a crise da impotência de todos nós – Olhamos ao nosso
redor e vemos o mundo em pé de guerra, o mal triunfando, a violência crescendo,
o terrorismo ameaçando, as guerras tornando-se cada vez mais encarniçadas, as
famílias cada vez mais barbarizadas, os jovens cada vez mais se drogando e a
nossa reação é também chorar.
b) Por que João chorou? – Primeiro, porque isso parecia frustrar a promessa
de Apocalipse 4:1. Segundo, porque a história estaria à deriva como um barco
sem leme.
III. O DIGNO ENCONTRADO – A SOLUÇÃO PARA A HISTÓRIA VEM DO CÉU – V. 5
1. Há consolo para nós – Não chores!
> Às vezes, choramos como João com medo do futuro. O que vem pela frente?
Como será o meu amanhã, a minha velhice?
> A voz ecoa no céu: Não chores! O Senhor põe um basta à nossa angústia. Ele traz
a solução.
> Não chores. O digno procurado é agora o digno encontrado. Há alguém capaz de
dirigir a história e dar sentido à vida.
2. A solução da história está em Jesus – v. 5-7
a) O livro da história está nas mãos de Jesus – v. 7 – Ele tem todo o poder
e toda autoridade. Ele é o criador, sustentador, redentor e Senhor. Só Cristo
tem a chave da interpretação da história nas mãos.
b) Ele venceu para abrir o livro – v. 5 – Ele é o Leão de Judá e a Raiz de
Davi. Ele Venceu o diabo, o mundo, o pecado e a morte. Jesus só é apresentado
como o Messias Vencedor, porque antes foi o Messias Sofredor. Ele só é o Leão,
porque antes foi o Cordeiro.
c) O Jesus vencedor é o Cordeiro que foi morto — v. 6 —
> Sua marca – Como tinha sido morto – A sua vitória foi conquistada na
cruz.
> Sua posição – Ele está de pé (ação e poder).
> Seu lugar – No meio do trono (autoridade).
d) Ele é digno de desvendar o sentido da sua vida – v. 6
> Porque ele é onisciente- Cheio de olhos
> Porque ele é onipotente – sete chifres
IV. QUAIS AS IMPLICAÇÕES DE JESUS ESTAR COM O LIVRO DA HISTÓRIA NAS MÃOS
1. Isso deve levar-nos a orar confiadamente acerca do destino das pessoas
v. 8
> As orações agora fazem sentido. Orar é falar com quem está com o livro da
história nas mãos.
2. Isso deve levar-nos a evangelização fervorosa – v. 9
> O v. 9 diz que Cristo morreu para comprar com o sangue pessoas que procedem:
a) Todo grupo étnico – tribo
b) Todo grupo lingüístico – língua
c) Todo grupo político – povo
d) Todo grupo social – nação.
3. Isso deve levar-nos a tomar posse da nossa alta posição espiritual – v. 10
a) Fomos constituídos reino – Já reinamos com Cristo espiritualmente, pois estamos assentados com ele nos lugares celestiais e reinaremos com ele plenamente na sua segunda vida.
b) Fomos constituídos sacerdotes – Agora temos livre acesso à presença do Pai, por intermédio de Jesus.
4. Isso deve levar-nos a dedicar tudo que somos e temos ao Cordeiro – v. 11-12
a) A ele seja o poder – É entregar a ele tudo o que está em nossas mãos, todo o poder e ingerência que temos.
b) A ele seja a riqueza, os nossos bens – A riqueza dos empresários cristãos, a riqueza dos homens de negócio, a riqueza dos empregados.
c) A ele seja a sabedoria – A nossa inteligência, cultura, talentos, diplomas,
habilidade profissional.
d) A ele seja a força – A força da juventude até os últimos alentos da velhice ao Cordeiro. Não há aposentadoria no Reino de Deus.
e) A ele seja a honra – A primazia, o melhor, as primícias do nosso tempo,
da nossa vida, devem ser dados ao Cordeiro.
f) A ele seja a glória – Só ele merece ser exaltado.
g) A ele seja o louvor – O culto precisa ser prestado só a ele.
V. O DIGNO PROCURADO E ENCONTRADO, AGORA É ADORADO – V. 8-14
1. Ele é adorado por quem ele é – v. 5-7
a) Leão de Judá
b) Raiz de Davi
c) Cordeiro que foi morto
2. Ele é adorado por onde ele está– v. 6
3. Ele é adorado pelo que ele fez – v. 8-10
a) Foste morto
b) Com teu sangue compraste para Deus
c) E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes
d) E reinarão sobre a terra.
e) Que tipo de cântico é esse que lhe é entoado?
1) Cântico de adoração – Tu és digno.
2) Cântico de pregação – “Porque foste morto”.
Em Gênesis 22 o cordeiro substitui Isaque (Cristo oferecido para o indivíduo). Em Êxodo 12, na Páscoa, o cordeiro é oferecido para uma família. Em Isaías 53:8 diz que o Cordeiro foi morto por uma nação.
Mas João 1:29 diz que o Cordeiro morreu para salvar os procedem de todo o mundo.
3) Cântico Missionário – “compraste para Deus os procedem de toda tribo,
língua, povo e nação”.
4) Cântico Devocional – E os constituíste reino e sacerdotes
5) Cântico Profético – E reinarão sobre a terra.
4. Ele é adorado por aquilo que ele tem – v. 11-14
> Os cânticos desses dois capítulos são dois grandes oratórios.
1) O oratório da criação (cap. 4); 2) O oratório da Redenção (Cap. 5)
Oratório é um  gênero musical dramático, com solos e coros, acompanhados de orquestra.
Aqui as  vozes da igreja glorificada, dos serafins, dos anjos e da natureza se unem para o louvor celestial.
i. O culto ao Criador começa com um quarteto, cantando o hino seráfico:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
ii. A isto segue o coro, constituído de vinte e quatro anciãos, a igreja, que prosseguem o louvor do Criador: Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a
glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da
tua vontade vieram a existir e foram criadas.
iii. Então se ouvem os solistas: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os
selos?
iv. Vem o responso: O leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o
livro e os seus sete selos.
v. E quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouvem-se em uníssono o
quarteto e o coro dos anciãos, no novo cântico Digno és de tomar o livro e
abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus
os que procedem de toda tribo, língua, povoe nação, e para o nosso Deus os
constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.
vi. Prorrompe o coro majestoso. São anjos que cantam. Vozes de milhões de milhões e milhares de milhares avolumam o canto triunfal:
Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e
força, e honra, e glória, e louvor.
vii. Prossegue o canto num crescendo arrebatador até alcançar o clímax de grandioso final.
Não somente a igreja, os serafins, os anjos se combinam, mas ouve-se “toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há” louvando ao Criador e ao Redentor:
Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória,
e o domínio pelos séculos dos séculos.
viii. Por fim, quando serena o estrondo do coro universal, ouve-se grandioso
“AMEM”, que parte dos lábios dos quatro seres viventes, os serafins.

Segue-se um silêncio ofegante, e os anciãos (a igreja) se prostra e adoram.
É assim a música do céu: Ao mesmo tempo em que ela é cheia de entusiasmo, produz profundo senso de adoração, ao ponto da igreja prostrar-se! Ninguém pode
contemplar o Senhor na sua beleza e no seu fulgor, sem se prostrar.
CONCLUSÃO
 A igreja na terra não tem o que temer, não importando “de quantos juízos esteja repleto o rolo” da história humana.
Porquanto o sentido da música é este: O Criador entregou ao Redendor “toda autoridade no céu e na terra, e os que o seguem jamais passarão despercebidos do seu amor e cuidado.
Fonte:
Comentários Expositivos Hagnos Estudos no Livro de Apocalipse
Hernandes Dias Lopes Ed. Hagnos

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